quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Reflexão sobre o locus da formadora e dos Cursistas.



Entre Rios é uma pequena cidade no litoral norte baiano, com uma população de aproximadamente 45 mil habitantes, sendo estes distribuídos entre os distritos e povoados.
O município agrega em sua secretaria de educação 12 escolas, destas ,apenas 13 situam - se na sede. As demais encontram – se na zona rural e litorânea.
A formadora do Gestar II em Língua Portuguesa,Rita de Cássia, atua como professora do município há 19 anos, sendo concursada e efetiva há 17 , e na área de letras há 7 anos.
Tal experiência foi fundamental para sua relação com os professores - muitos deles já conhecidos – e para o desenvolvimento das oficinas.
Os cursistas, grande parte fazendo o curso de letras,e outros já graduados,são experientes na área de educação e lecionam a disciplina de língua portuguesa, cada um com sua peculiaridade; fator este que só fez enriquecer as discussões em grupo e a resolver algumas questões de sala de aula, quando socializadas. Suas turmas variavam de 5ª a 8ª série, de localidades diferentes, mas com as mesmas dificuldades.
Enfim, formamos um grupo unido na diversidade. Por isso frutificou muito bem!


Reflexão sobre a 2ª Formação


A segunda formação aconteceu no mês de agosto, e diferente da 1ª, a infraestrutura foi bem mais agradável.
No que se refere à contribuição desta na minha prática durante as oficinas, foi significativamente proveitosa. A troca de experiências entre os municípios, a produção dos CDs para dar suporte na execução das oficinas dinamizou ainda mais o trabalho.
Outro aspecto importante foi a presença da equipe do MEC e do novo coordenador, pois pudemos falar francamente de nossas angústias e indignação em relação a uns pontos pendentes do curso.
Enfim, esse 2º encontro só recarregou nossas baterias para continuar a caminhada até a conclusão do curso.

Texto Crítico sobre o Livro Ensaio sobre a cegueira de José Saramago.

O texto revela a outra face do ser humano, este que exibe seu lado mais perverso diante da debilidade visual do outro.
A cegueira branca que assola um grupo e, posteriormente, a população de uma cidade remete-nos a uma espécie de venda que a maioria das pessoas possuem e que só cai diante de determinadas situações.
Acredito que a esposa do médico, a única a enxergar, foi peça fundamental no drama, pois ela pode ver cada pessoa naquela sala se desvendando.Reunir num mesmo espaço e em mesmas condições, pessoas de classes sociais e condutas diferenciadas foi o ponto mais forte do texto, na minha opinião, pois essas pessoas manifestavam seus desejos, comportamentos e sentimentos mais íntimos até então enclausurados. Tudo isso acontecia diante de uma que pessoa que não via nada, para eles, mas que na verdade – penso eu- desejaria realmente estar também cega.
O livro é rico em detalhes, não é uma leitura muito agradável, às vezes dava vontade de não continuar, pois esse detalhamento de cada acontecimento no manicômio era repugnante, quem imagina uma pessoa nessas condições? Só Saramago mesmo. Mas o envolvimento da trama é tão intenso que nos impulsiona a concluir a leitura